Em julho de 1843, um jovem brasileiro, prestes a completar 20 anos, estudante de Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal, escreveu um poema destinado à posteridade, num momento em que, por assim dizer, o país independente ainda não havia completado 21 anos. Intitulando o poema 'Canção do exílio', Gonçalves Dias inaugurou uma experiência de pensamento que, a partir de seus versos, deu forma a um traço propriamente brasileiro: o exílio como forma paradoxal de identidade. A 'Canção do exílio' tornou-se uma espécie de matriz textual da poesia nacional, tanto por suas qualidades intrínsecas quanto pelo processo de consagração que se estabeleceu desde a publicação dos Primeiros cantos, em 1847. Contudo, o que está por trás da inquietante adoção do exílio como forma literária? Será a 'Canção do exílio' um poema-sintoma? No caso, sintoma do impasse que pode ser expresso numa pergunta que orienta este livro: onde está o povo na 'Canção do exílio'? Por que Gonçalves Dias esboça um país-paisagem, dominado por sabiás e palmeiras, sem nenhuma alusão a Palmares? Responder a essas questões é o propósito de Exílio como forma: Gonçalves Dias e o dilema brasileiro .
| Peso: | 200 g. |
| ISBN: | 9786559286454 |
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