O arquipélago da insónia, vigésimo livro de Lobo Antunes, é a primeira obra de uma trilogia sobre o mundo rural. Eu tenho a impressão que este livro é o primeiro de uma trilogia que se passa fora de Lisboa. Este, no Alentejo. O que estou a fazer agora no Ribatejo e o outro provavelmente na Beira Alta , revela o autor. Comparado com Faulkner, Joyce e Conrad, o português é internacionalmente aclamado por sua escrita difícil e altamente subjetiva: Eu sei que ninguém escreve como eu, mas isso não me traz alegria nenhuma. De onde me virá a impressão que, na casa, apesar de igual, quase tudo lhe falta? Assim se inicia a história de O arquipélago da insónia: com a imagem de um casarão outrora imponente, símbolo de poder de uma época em que nada faltava, mas que agora parece abandonado. E é por meio de uma polifonia de vozes - o avô poderoso e seu neto autista, feitores e empregadas submissas, personagens vivos ou já mortos -, que António Lobo Antunes constrói uma história de decadência e desilusão que atravessa três gerações de uma família que antes foi poderosa, proprietária de terras no interior de Portugal. Nas páginas de O arquipélago da insónia não convergem apenas ecos dos personagens que povoam as páginas de romances anteriores do autor; nelas estão muitos do s motivos e das obsessões de sua escrita - o relógio, os retratos, os fantasmas, a procura do silêncio. É uma história narrada como em sonho, em que as diferentes vozes se fundem ou se intercalam, e finalmente escapam da sequência temporal. Desse conjunto de impressões surge um romance único, arrebatador, de um mestre da prosa contemporânea.
Peso: | 443 g. |
Páginas: | 256 |
ISBN: | 9788579620119 |
LETRAS & CIA - CNPJ n° 88.587.548/0001-20 - AV. NAÇÕES UNIDAS - RIO BRANCO - - NOVO HAMBURGO - RS
Atualizamos nossa política de cookies. Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita a nossa política de monitoramento.