Em quase cinquenta anos de atuação como jornalista, Juca Kfouri acompanhou de perto, como observador ou participante (e muitas vezes as duas coisas), experiências fundamentais do mundo da política, da cultura e do esporte. O saldo é uma inescapável sensação de derrota, compartilhada nas memórias que o autor registra em Confesso que perdi. Juca cobriu todas as Copas do Mundo desde 1982, e já havia participado indiretamente da cobertura das Copas de 1970, 1974 e 1978. À frente da revista Placar, foi responsável por desvendar e denunciar a chamada máfia da loteria esportiva , e por memoráveis capas como a que trazia seu amigo Sócrates posando como O pensador , de Rodin. Na Playboy, revista que também dirigiu, Juca publicou entrevistas e reportagens notáveis, como a que revelou a identidade do desenhista Carlos Zéfiro, um segredo que durava mais de trinta anos: tratava-se do funcionário público Alcides Caminha, parceiro de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Tendo se oposto à construção do Itaquerão, o corintiano Juca estava no meio da torcida na fatídica noite de 1977, quando o time quebrou o jejum de mais de vinte anos sem títulos. Não sei como, fui parar no gramado do Morumbi, com uma bandeira na mão, bandeira que não levara ao estádio e não me recordo de ter comprado , lembra, sem lembrar. É com a sinceridade de quem sabe que a memória é traidora que o autor nos oferece essas deliciosas confissões de derrota.
Peso: | 330 g. |
Páginas: | 248 |
ISBN: | 9788535929737 |
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