Em O testamento de Maria, Colm Tóibín, nome central na literatura contemporânea, assume o ponto de vista da mãe de Jesus Cristo e põe em xeque alguns dos pilares da cultura Ocidental. No exílio na cidade de Éfeso, amedrontada, Maria tenta lembrar os eventos que culminaram na morte brutal de seu filho - os mesmos eventos que se transformaram na narrativa do Novo Testamento e na fundação da religião católica. No entender do autor, Maria não pediu a Jesus que transformasse água em vinho nas bodas de Caná: ela só foi até a celebração para convencê-lo a voltar para casa. Mais ainda: ela fugiu do local da crucificação antes que seu filho estivesse de fato morto. Seu medo e desejo de proteção falaram mais alto que o sofrimento pelo destino do filho. A dor , ela diz, era dele, não minha. O autor não endossa a crença católica de que Maria era virgem, veículo de uma gravidez de origem mágica. Ele a traz para o cotidiano e tenta compreendê-la como uma figura humana complexa, sujeita às fraquezas terrenas. Com ousadia e brilhantismo, Tóibín compõe uma narrativa que preserva a dignidade da mãe de Cristo sem conceder à mitologia em torno dela. Tóibín escreve com uma intensidade que confere às mínimas nuances de sentimento imenso impacto emocional. - The New Yorker Este é um livro curto, mas denso como um diamante. É tão trágico quanto uma Pietá espanhola, mas completamente herético. - Edmund White
Peso: | 142 g. |
Páginas: | 88 |
ISBN: | 9788535922813 |
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