Um dos grandes ficcionistas brasileiros do século XX, o mineiro Murilo Rubião (1916-91) antecipou em muitos anos a voga do realismo fantástico. Em cinqüenta anos de atividade literária, escreveu meia centena de contos, publicados primeiro em jornais e revistas. Depois de submetê-los ao crivo de uma autocrítica implacável, decidiu que apenas 33 deveriam estar em livro. O pirotécnico Zacarias e A Casa do Girassol Vermelho, já publicados pela Companhia das Letras, trazem 11 contos cada um. Este terceiro e último volume, também organizado por Humberto Werneck, reúne, em edição caprichada, onze jóias indiscutíveis, acompanhadas de um prefácio do organizador, um posfácio crítico, fotos, cronologia e bibliografia. Hoje consagrado pela crítica e traduzido para diversas línguas, Rubião só começou a ser amplamente reconhecido nos anos 70. Antonio Candido, nosso maior crítico, vê nos contos um certo tipo de fantástico meticuloso e óbvio que lembra o tom que depois viemos encontrar em Borges . Nos onze contos deste livro se confirma o espantoso poder que tem Murilo de narrar, como se fossem fatos corriqueiros, acontecimentos os mais inusitados - por detrás dos quais, no entanto, descobrimos realidades bem familiares. O homem do boné cinzento, com posfácio de Vilma Arêas e Fábio Dobashi Furuzato, reúne os contos O homem do boné cinzento (1947), Mariazinha (1947), Elisa (1965), A noiva da casa azul (1947), O bom amigo Batista (1947), Epidólia (1974), Petúnia (1974), Aglaia (1974), O convidado (1974), Botão-de-rosa (1974) e Os comensais (1974). Ele nos transporta para além de nossos limites, sem, entretanto jamais perder pé no real e no cotidiano. - Carlos Drummond de Andrade 1947
Peso: | 186 g. |
Páginas: | 120 |
ISBN: | 9788535910209 |
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